A relação entre a saúde mental dos colaboradores e sua produtividade é um aspecto crucial que as empresas não podem mais ignorar, e deve ser discutido o ano todo, não apenas em meses simbólicos como o Setembro Amarelo.

Primeiro, é preciso considerar que o ambiente de trabalho moderno é caracterizado por demandas crescentes, prazos e a necessidade de se adaptar ao mercado e a toda sua evolução, constantemente.

Segundo pesquisa da Saïd Business School, funcionários felizes são 12% mais produtivos que os infelizes, além de cometer menos erros.

Por essas e outras, você, empresário, precisa estar atento para cuidar da saúde mental dos colaboradores. E é justamente isso que nós vamos te mostrar nesse artigo. 

Leia até o final para descobrir como fazer mudanças eficientes que aumentam o desempenho da sua equipe e, ainda, melhoram o ambiente de trabalho da sua empresa. 

O efeito do estresse na produtividade

O estresse é um dos principais vilões quando se trata de saúde mental e produtividade. 

Os profissionais sob estresse excessivo podem experimentar dificuldades de concentração, irritabilidade excessiva e até mesmo esgotamento, chegando ao famoso e temido “burnout”, que nada mais é que o ápice do cansaço físico, emocional e mental. 

Esses fatores contribuem para erros no trabalho, retrabalho e uma diminuição geral na eficiência. Além disso, o estresse crônico pode resultar também em problemas de saúde física, levando a mais faltas e licenças médicas.

A ansiedade prejudicando o desempenho profissional

Além do estresse, precisamos nos atentar à ansiedade e a forma silenciosa como ela afeta o desempenho pessoal e, também, o profissional de qualquer pessoa. 

Dentro do ambiente de trabalho, existe uma preocupação constante, o que é natural. Afinal, lidamos com responsabilidades, prazos e demandas que são importantes. 

Mas é fato que quando uma pessoa se sente pressionada e apreensiva para fazer o que deve ser feito, sua capacidade de tomar decisões assertivas e pensar de forma clara fica totalmente comprometida. 

Por esse motivo, tem sido cada vez mais comum encontrar trabalhadores desmotivados e sem disposição para assumir responsabilidades adicionais. 

O impacto da depressão na eficiência laboral

E além do estresse e ansiedade, temos a depressão que, entre todos os tipos de transtornos mentais, é a que mais mexe com a energia e a motivação de uma pessoa.

Colaboradores deprimidos podem enfrentar uma falta de entusiasmo pelo trabalho, levando a um desempenho abaixo do potencial. 

A depressão também pode resultar em absenteísmo frequente e dificuldade em se envolver plenamente nas atividades do trabalho. 

Neste sentido, é fundamental que as empresas assumam a responsabilidade pela saúde mental de seus colaboradores.

Cuidando da saúde mental dos seus colaboradores

Se você chegou até aqui, é porque quer descobrir como sua empresa pode priorizar o cuidado com a saúde mental dos colaboradores.

Incluir programas de apoio à saúde mental, como sessões de relaxamento, aulas de ioga e workshops de gerenciamento de estresse, já demonstrou ser eficaz na redução dos níveis de estresse e na promoção do bem-estar dentro do ambiente de trabalho. 

Essas iniciativas, além de melhorarem a saúde mental dos colaboradores, também aumentam o engajamento da equipe e a satisfação no trabalho.

Desenvolver uma cultura de apoio, onde os líderes desempenham um papel essencial na construção de um ambiente onde os colaboradores se sintam à vontade para falar sobre suas preocupações, também se mostra eficiente. 

Isso porque reduz os bloqueios comuns associados às questões de saúde mental e incentiva a busca de ajuda quando necessário.

Neste sentido, os gestores podem abrir espaço para conversas francas e informais, onde o “saber ouvir” é muito mais importante do que o saber aconselhar. Até porque, muitas vezes, os colaboradores – e todos nós – só querem alguém que seja um bom ouvinte.

É importante também que os líderes definam as metas e objetivos de cada funcionário com clareza e bom-senso, para que o colaborador seja exigido, mas não excessivamente, deixando claro para o liderado a importância de equilibrar vida pessoal e profissional.

Além disso, é crucial mostrar que empresa, líderes e colaboradores estão juntos, para conversar, ouvir e buscar o melhor para a saúde mental de cada profissional.

O RH, por sua vez, pode ajudar sugerindo horários mais flexíveis e capacitando os líderes e gestores para que eles sejam mais compreensíveis, com o objetivo de criar um modelo de gestão que incentive o desenvolvimento pessoal e profissional de cada um.

O setor de Gente também pode incentivar a cultura de feedbacks contínuos, a avaliação de desempenho e a criação do Plano de Desenvolvimento Individual (PDI).

Com essas medidas, é possível acompanhar não apenas a performance, mas também questões comportamentais.

Assim, a liderança pode ficar de olho nas entregas e também na saúde mental de cada profissional e da equipe como um todo.

Conclusão

Depois de tudo o que vimos até aqui, fica claro que as empresas têm uma responsabilidade crescente em cuidar da saúde mental de seus colaboradores. 

Investir em programas de assistência ao empregado, fornecer acesso a terapeutas e psicólogos e promover um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal são etapas fundamentais nesse processo. 

A ligação entre saúde mental e produtividade é inegável. 

O estresse, a ansiedade e depressão podem prejudicar a eficiência e o engajamento dos colaboradores, resultando em um impacto negativo nos resultados da empresa. 

Portanto, priorizar a saúde mental no ambiente de trabalho não é apenas benéfico, mas também imperativo para o sucesso a longo prazo. 

Ao criar uma cultura que valoriza a saúde mental, as empresas podem colher os frutos de uma equipe saudável, produtiva e motivada.

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